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O caso Amílcar Cabral. Apontamentos críticos a propósito do princípio e do projecto da unidade Guiné-Cabo Verde - Primeira Parte

Como é sabido, tanto a inicial matriz afro-negra e a sua re-alimentação étnico-cultural e étnico- racial, frequentemente ocorrida durante todo o período do tráfico negreiro, como também a primordial matriz euro-ocidental, depois re-actualizada como cultura colonial dominante, foram reelaboradas, ambas, na medida em que foram expurgadas do seu carácter estranho e estrangeiro e interiorizadas pelos actores sociais caboverdianos mediante os processos antropológicos e sociológicos que perfizeram a mútua diluição de ambas as co-matrizes culturais iniciais numa nova identidade...

A (Re)construção do cânone literário caboverdiano pelo olhar das antologias - Terceira Parte

Creio que já é tempo e, por isso, urge a organização (de preferência pela Academia Cabo-Verdiana de Letras em eventual parceria com o Instituto da Biblioteca Nacional, com as Universidades e as muitas editoras caboverdianas privadas actualmente existentes no país e na diáspora) de uma antologia de poesia caboverdiana em língua caboverdiana bem como de duas novas antologias temáticas da poesia caboverdiana, desta feita com propósitos verdadeiramente antológicos no sentido da consagração dos melhores exemplos dos vários paradigmas ou cânones que marcaram e vêm marcando a...

A (Re)construção do cânone literário caboverdiano pelo olhar das antologias - Segunda Parte

É sabido que a sociedade caboverdiana forjada por mais de cinco séculos de dominação colonial caracterizou-se na sua fase final por um colonialismo clássico quase sem colonos e na qual a literatura erudita pré-modernista foi introduzida e cultivada por uma elite islenha autóctone e castiçamente caboverdiana ou, pelo menos, muito marcada do ponto de vista cultural e identitário pela caboverdianidade, se bem que também enredada nas malhas armadilhadas da cissiparidade pátrida. É neste contexto que considera o estudioso Rui Guilherme da Silva que a literatura criadas e cultivada...

Algumas reflexões a propósito do livro de João Paulo Tavares de Oliveira intitulado A UTOPIA NO ROMANCE BIOGRAFIA DO LÍNGUA, DE MÁRIO LÚCIO SOUSA* - 3ª Parte

Como é também sabido, as várias tentativas de renovação das concepções marxistas e marxistas-leninistas mediante a conceptualização de um estado democrático-revolucionário socializante de transição, alternativa à - ou complementar da - concepção da ditadura do proletariado como o estado típico de transição revolucionária, acabaram por soçobrar e frustrar-se, falindo na prática concreta dos países que transitoriamente as experimentaram, na medida em que cedo foram submergidas pelo cerco imperialista e pela alegadamente premente necessidade da agudização da luta...

Chuva Brava no CNAD  

O afastamento do Irlando Ferreira da direção do CNAD é apenas um recorrente e desonesto ato político, a que Abraão Vicente nos tem habituado. Primeiro, sob a capa de uma normalidade aparente, prepara os cenários, ensaia o discurso e no clímax da peça, surpreendentemente, as luzes apagam-se, deixando às escuras os espectadores. Nesse preciso instante, sem piedade ou misericórdia, desfere o golpe fatal aos atores que possam, eventualmente, assombrar o seu portentoso e incomensurável ego. Esta teatralização política já não nos deveria surpreender. Pois, este foi sempre o seu...

Comunidade dos Países da Língua Oficial Portuguesa, primeiras eleições pós Covid -19 anos 2021 - 2022

Analisando de perto, o cadastro perfil da CPLP (Comunidade dos Países da Língua Oficial Portuguesa), não há duvida alguma que entre seus membros o, sub aproveitamento, em termos de trocas socioeconómicas, é evidente e este facto descaracteriza a importância, que deveria ter a Comunidade, no concerto das nações portanto um “grupo linguístico”, praticando e detentor de provavelmente da quinta língua mais falada do mundo reunindo vários povos e cultura espalhados em vários continentes... A realidade lusófona é que mesmo havendo um factor linguístico comum e uma evolução...

Celebração da lusofonia, diversidade firme, flexivel, com regras em benefício comum se houver vontade politica!

A lusofonia é um abraço às diversidades,com os ritmos da Morna, Tabanka, Funana,Fado, Samba, o exotismo dos países asiáticos, Semba e mais ritmos africanos… Ela é mais que uma tentativa de reaproximação dos nove países espalhados, pela África, Europa, Ásia, America do Sul que praticam e difundem a lingua portuguesa que aproximando-se, de verdade, podem criar um mercado de milhões de pessoas com potencialidades em areas diversas, com culturas de resultados consolidados. O factor e sinergia principal da comunidade neste século incerto de XXI devia inclinar-se para a prioridade...